Estamos na época do Natal e sempre que esta
data chega, a personagem central na mente da grande maioria da população do
mundo, é o Papai Noel.
Como é possível numa nação que se
autodenomina cristã, na maior e mais importante data para o cristianismo, o personagem central ser totalmente esquecido, ou deixado em segundo
plano? Afinal quem é mais importante: Papai Noel ou Jesus Cristo? Você sabe quem é quem?
Quem é Papai Noel?
A lenda e a figura do Papai Noel tem origem no séc. V com a história de São Nicolau, um dos santos da Igreja Católica
Romana e em especial da Ortodoxa na Rússia. Nicolau nasceu no final do 3º séc.
no ano de 275 ao sul da Ásia menor, onde hoje é a Turquia e ainda jovem foi
ordenado sacerdote. Depois da morte dos seus pais, herdou uma grande fortuna, a qual começou a distribuir
entre os pobres, aos quais se empenhou em ajudar secretamente, para que ninguém
pudesse agradecer-lhe.
Após
alguns anos no sacerdócio, desejou visitar os lugares santos e embarcou de
Pátara para a Palestina, depois seguiu para o Egito. Por onde passava, sua
figura ficava na lembrança das pessoas devido à sua bondade e o costume de dar
presentes às crianças necessitadas. Com o tempo, Nicolau foi ganhando fama de
fazedor de milagres, sendo esse um dos temas favoritos dos artistas medievais.Nessa
época, a devoção a ele estendeu-se para todas as regiões da Europa, tornando-se
o padroeiro da Rússia e da Grécia, das associações de caridade, das crianças,
marinheiros, garotas solteiras, comerciantes, penhoristas, e também de algumas
cidades como Friburgo e Moscou.
No século XI, o roubo de seus ossos promoveu
sua fama por toda a Europa. A tradição de São Nicolau se arraigou especialmente
entre os holandeses a partir do século XIII, que o representavam com barba
branca e ornamentos eclesiásticos, montado em um burro e carregando um saco de
presentes para as crianças boas e um feixe de varas para os maus.
Os holandeses o chamavam de Sinter Klaas e a
tradição de favorecer os pequenos com presentes atravessou com os holandeses o Oceano
Atlântico no século XVII com o propósito de colonizar a América do Norte. Desde
a Nova Amsterdã (atual Nova Iorque), a lenda de São Nicolau se estendeu pelo
país que estava nascendo, adquirindo uma enorme popularidade.
Os verdadeiros impulsores do mito de Santa
Claus nos Estados Unidos foram dois escritores: O primeiro, Washington Irving, que
escreveu em 1809 um livro em que despojava São Nicolau de sua indumentária
clerical, transformando-o em um personagem bonachão e bondoso que montava um
cavalo voador e que jogava presentes pelas chaminés.
Esta figura tornou-se
muito popular e mudou de nome quando os norte-americanos adptaram para o inglês
o nome holandês Sinter Klaas, para Santa
Claus. Em 1823, um poema de Clement C. Moore,
enalteceu a aura mágica que o escritor Irving havia dado ao personagem e
tornou-a mais verossímil. Trocou: o cavalo branco por renas que puxavam um
trenó; os tamancos que as crianças holandesas deixavam, por meias. Transformou-o
num personagem alegre, gordo e de pequena estatura, similar a um gnomo e situou
sua visita durante a vigília de Natal, em vez de véspera do 6 de dezembro, como
era o costume, pois é o santo deste dia, segundo tradição católica romana.
Em 1862, o desenhista norte-americano de
origem alemã Thomas Nast fez a primeira ilustração de Santa Claus descendo por
uma chaminé, embora ainda tivesse o tamanho de um duende.
Com o passar dos tempos, pouco a pouco o
personagem foi adquirindo estatura, barriga, barba e bigode branco, aparece no
Pólo Norte, rodeado de seus complementos com suas roupas de cor verde.
Em 1931, uma grande empresa americana de
refrigerantes, para uma
grande campanha de marketing, encomendou ao artista Habdon Sundblom a
remodelação do Santa Claus de Nast para torná-lo ainda mais próximo e
verossímil. Sundblom se inspira em um vendedor da empresa aposentado. Foi dado
pelo artista, ao personagem, novas cores, suas roupas foram coloridas com um
vermelho brilhante e o branco, as mesmas do produto da fabrica de refrigerante,
e a campanha de Natal com o novo personagem foi um grande sucesso. Nasce assim
o símbolo de Santa Claus, o Pai Natal ou Papai Noel que vive na imaginação de
milhões de pessoas no mundo.
Apropriamo-nos de um personagem mítico, criado por
interesses, sejam lá quais forem - ignorância da Palavra de Deus, interesses
financeiros, etc., o transformamos
em um deus, com poderes extraordinários que aparece uma vez por ano para nos
abençoar ou não, dependendo de nossas ações durante o ano e o consideramos o dono da magia
do Natal!
Agora vejamos quem é Jesus?
Em Lucas 2:25-32 lemos: "Simeão o tomou
nos braços e louvou a Deus, dizendo: “Ó Soberano, como prometeste, agora podes despedir
em paz o teu servo. Pois
os meus olhos já viram a tua salvação, que preparaste à vista de todos os povos: luz para revelação aos gentios a e
para a glória de Israel, teu povo”. Simeão nos dá a
direção certa para entendermos quem é Jesus: Ele é salvação e Luz de Deus! É
exatamente este o significado e a verdadeira magia do Natal –
a manifestação da salvação de Deus aos homens!
JESUS É DEUS, SENHOR E SALVADOR
João
o discípulo amado apresenta Jesus em seu relato da seguinte forma: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava
com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas
foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” – João
1. 1-3.
O v. 1 começa afirmando a pré-existência de
Cristo Jesus (o Verbo; o Logos – a Palavra), dizendo que Ele existia antes do
evento da criação. O próprio Jesus confessou sua pré-existência em João 8.58. A expressão: o Verbo
era Deus, é uma indicação explicita da Divindade de
Jesus. O v. 3 fala de Jesus como o agente da criação, dizendo que: Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.
Em
Col. 1.16,17 Paulo afirma: pois, nele,
foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as
invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele. Ele é antes de todas as coisas. Nele,
tudo subsiste. Jesus não somente é o criador do universo, mas Ele é também
o que sustenta tudo (mantém).
Em
Filipenses 2.6, vemos que Jesus “embora
existindo na forma de Deus”, tomou sobre si atributos humanos. Aprendemos
na Bíblia que Deus sempre intervém na história humana. E então o Senhor nos diz
em Isaías 7:14: eis que a virgem
conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel. Deus conosco, Deus
é quem veio ao nosso encontro para nos trazer vida e salvação.
Deus
vem ao encontro do homem para trazer salvação através de Jesus Cristo e capacitá-lo a
testemunhar desta salvação.
O
apóstolo Paulo escreve em Romanos 3.23 que somos todos pecadores e estamos
destituídos da glória de Deus. Mas Ele, em seu infinito amor e misericórdia
veio, e vem, ao nosso encontro trazendo vida e salvação (Ef 2.4,5). No AT Deus
disse a Moisés, “EU SOU O QUE SOU”. E quando o Senhor Jesus referindo-se a si
mesmo disse no evangelho de João: “EU SOU”, Ele estava dizendo “Eu sou Deus”.
“EU SOU o pão que desceu do céu.”
João 6:41.
“EU SOU a luz do mundo.” João 8:12.
“EU SOU a porta.” João 10:7.
“EU SOU o bom pastor.” João 10:11.
“EU SOU a ressurreição e a vida.”
João 11:25.
“EU SOU o caminho, a verdade e a vida.”
João 14:6.
“EU SOU a videira verdadeira.” João 15:1.
Portanto,
é Jesus quem é Deus; quem é o Senhor, quem é o único Salvador e, no entanto, ele tem
sido esquecido em muitos corações e trocado por tantas outras coisas, até mesmo por Papai Noel.
Jesus
é o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim – O Alfa e o Ômega – O Maravilhoso
Conselheiro – O Deus Forte – O Pai da Eternidade – O Príncipe da Paz – A Raiz
de Davi – O Leão de Judá – O Cordeiro de Deus – A Estrela da Manhã – A Rosa de
Sarom – A Fiel testemunha – O Verbo de Deus - O Senhor – O Salvador – O Rei dos
Reis.
Portanto,
Natal é a manifestação da salvação de Deus a todo o mundo! É a possibilidade,
dada por Ele, para o retorno a originalidade de tudo, isto é para Ele mesmo.
João 3:16 diz: Porque Deus amou o mundo de tal
maneira, que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não
pereça,mas tenha a vida eterna.
Natal é a manifestação do amor de Deus a
todos nós! E é este amor que revela, que traz toda a magia do Natal!
·
Magia de transformação de condenados a morte
para justificados para a vida.
·
Magia de transformação de exclusão para
inclusão.
·
Magia de transformação de desespero em
esperança; de tristeza em alegria. Mas uma alegria que é fruto da paz que Deus
nos dá e não segundo o mundo.
·
Magia de transformação de morte em vida.
Esta magia só acontece quando estamos em
Cristo Jesus, o nosso Natal!
Natal
é Jesus e não Papai Noel!
Rev. Marco Aurélio Pereira
Igreja Presbiteriana Independente de Chapecó - SC
Igreja Presbiteriana Independente de Chapecó - SC
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