No mundo em que vivemos é comum percebermos que por detrás
de qualquer ato, sempre existe um interesse! Por detrás de qualquer gesto,
sempre existe a expectativa de uma compensação! Por detrás de qualquer favor,
sempre existe a esperança de recompensa!
A pergunta que mais se faz é: O que é que eu vou ganhar com
isso? Esse tipo de procedimento se manifesta inclusive em nosso
relacionamento com Deus.
O fato é que todos temos interesse em receber muitos
favores e bênçãos de Deus! Queremos receber saúde, paz, sucesso, muitas outras
coisas. Por isso buscamos a presença de Deus e lhe oferecemos culto. Achamos
que ¨é dando que se recebe¨!
Pensamos que é preciso oferecer algo a Deus para que
possamos receber de Deus as coisas que queremos!
Sim, é nesse nível que costuma se desenvolver o
relacionamento do ser humano com Deus!
"Que posso eu oferecer a Deus, o SENHOR, por tudo de bom que ele me tem dado?"
No salmo 116:12 encontramos uma pergunta feita pelo salmista no
passado e que todos nós precisamos aprender a fazer: “Que posso eu oferecer ao Deus
Eterno por tudo o que ele me tem dado? ¨
O texto nos mostra que ao fazer esta pergunta o salmista direciona seu olhar para três direções importantes:
Primeiramente ele olha para Deus
Mas, como é o Deus para o qual o salmista olha? Ele é acima de tudo
um Deus que toma
a iniciativa!
Não é o ser humano que dá o primeiro passo em
direção a esse Deus, mas é esse Deus que dá o primeiro passo na direção dele.
O salmista perguntava o que ele poderia
oferecer ao Deus Eterno por tudo o que ele tinha recebido.
Em outras palavras, ele reconhecia que não
tinha feito nada ainda para Deus. Ele ainda estava tentando descobrir o que
poderia apresentar ao Senhor!
No entanto, Deus não tinha ficado esperando
pela sua oferta, para depois ajudá-lo! Ao contrário, Deus já viera em sua
direção! Deus já lhe concedera os seus favores.
Eis aí algo
que precisamos aprender a respeito de Deus: Ele não é
negociante em seu relacionamento conosco! Deus não exige receber antes para abençoar depois. Infelizmente,
porém, é esse tipo de concepção a respeito de Deus que predomina em nossa
sociedade.
São muitas as pessoas que pensam que Deus está lá em cima, com um
grande livro-caixa diante de si. Que acham que Ele fica contabilizando nossos
débitos e nossos créditos!
São muitas as pessoas que acreditam que Deus só nos abençoa quando
temos algum saldo a nosso favor! Se Deus fosse assim, nunca haveríamos de receber benção alguma,
porque nunca temos crédito algum com Deus.
O Deus que
se revela na Bíblia é diferente. Ele nos ama, quando
ainda não o amamos!
Ele nos busca, quando ainda não o buscamos! Ele
nos abençoa, quando nada fizemos para merecer bênçãos! Era isso o que o
salmista deixava muito claro, quando perguntava: ¨que darei ao Senhor que já tomou a iniciativa de me abençoar?¨
Num segundo momento o salmista olha para o passado
Ele faz referência às bênçãos que
já havia ocorrido em sua existência. Isso
quer dizer que o salmista usava a sua mente para
recordar os favores recebidos de Deus.
O texto bíblico mostra que ele se lembrava de um tempo em que
laços de morte o apertavam e em que horrores da sepultura tinham tomado
conta dele.
Ele se lembrava também que tinha ficado apavorado e que tinha
clamado ao Deus Eterno. E que
Deus o tinha salvado e enxugado as suas lágrimas!
Infelizmente, porém, um dos problemas dos nossos dias é a desvalorização do passado!
Para muitos, o passado já não conta, não
tem qualquer valor! Só vale o presente. E só nos preocupamos com o futuro! Desta
maneira, quase nunca olhamos para as coisas que Deus já nos concedeu.
Olhamos, quase sempre, para as coisas de que temos necessidade! Parece
até que Deus está sempre em falta!
Existem bênçãos que suplicamos há muito tempo, e elas nunca
chegam! Existem favores divinos que suplicamos há anos, e eles nunca nos são
concedidos! Ficamos com a impressão que Deus é incapaz de nos acompanhar. Ele
está sempre atrasado!
Era diferente o salmista do passado, muito diferente!
Não era o futuro que o inquietava. Não era o presente que o
angustiava, mas era o passado que o inspirava!
Deus já o ajudara no passado! Certamente, não o desampararia no presente!
Deus já o socorrera no tempo que ficara para trás. Certamente,
nunca o deixaria sozinho no tempo que estava à frente.
Num terceiro momento o salmista
olha para as suas próprias mãos
Finalmente, além de olhar para Deus e de olhar para o passado, o
salmista também se voltava para si mesmo. Ele olhava para as suas próprias
mãos. Não desejava apresentá-las vazias diante de Deus.
Por isso perguntava: ¨Que
posso eu oferecer ao Deus Eterno por tudo o que ele me tem dado”? Não
devemos pensar que o salmista estava preocupado em pagar por favores divinos já
recebidos! Nem imaginar que ele pretendia fazer chantagem com
Deus para obter mais bênçãos!
Sua intenção era muito diferente!
O que o salmista
queria era tão somente agradecer ao Senhor!
Ele desejava responder com reconhecimento ao Deus Eterno que o
ajudara.
Com Deus não é dando que se recebe! Com Deus, é exatamente o
contrário que deve suceder!
Damos porque já recebemos!
Ofertamos porque o amor de Deus já se ofereceu a nós! I Jo. 4:10
Existe um texto, bastante conhecido, escrito em forma de oração,
que fala sobre a gratidão a Deus, que gostaríamos de compartilhar com todos,
para terminar. Ele diz assim:
Graças,
Senhor, muitas graças!
Graças pela
graça da vida e da ressurreição!
Graças pelo
corpo maravilhoso que nos deste,
Pelo ar que
respiramos,
Pelo chão
que pisamos,
Pelo céu que
nos cobre.
Graças pelo
corpo espiritual que há de vir,
Pela
ressurreição em Cristo,
Pela herança
do reino.
É
maravilhoso, Senhor, saber que os que choram serão consolados,
Os humildes
serão exaltados,
E os mansos
herdarão a terra.
Graças,
Senhor, pela paz,
Em meio às
aflições, às lutas e às guerras.
Graças,
Senhor, pela graça da fé,
Que nos
reconcilia com a tua justiça
E nos
permite a graça de te agradecer¨.
Que seja esse o teu espírito neste novo ano que se inicia!
Com a mesma disposição do salmista, volte seus olhos a Deus. Reconheça
que ele tem tomado a iniciativa de te abençoar!
Com a mesma consagração do salmista, volte seus olhos para as suas
próprias mãos e pergunte: Que posso eu
oferecer ao Deus Eterno por tudo o que ele me tem dado?
Sl. 50:23a:
“O que me oferece sacrifício de ações de graça, esse me glorificará;”
Que o Senhor te capacite a ter um coração agradecido por tudo que
Ele te tem dado!
FELIZ ANO NOVO!
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