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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Um novo motivo para viver!


Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 
2 Coríntios 5:17
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 
2 Coríntios 5:17
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 
2 Coríntios 5:17
Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.
2 Coríntios 5:17

Este versículo diz que, ao entregarmos nossa vida a Cristo “Tudo se fez novo” em nós. O que é que “se fez novo?” Tudo. Tudo o que? Todo o nosso motivo de viver!
Significa que a pessoa que recebe a Cristo passa a viver para alcançar os alvos de Deus para sua vida.

Existem, no mínimo, cinco propósitos de Deus para a sua vida! Eles expressam o que Deus quer que cada cristão faça de sua vida aqui na terra.

1º Alvo - DEUS QUER QUE VOCÊ SEJA MEMBRO DE SUA FAMÍLIA – Hb. 10:24,25

Este é o propósito da COMUNHÃO colocado de uma forma pessoal.

A Bíblia é bem clara ao dizer que seguir a Cristo não é somente uma questão de CRER e sim também de PERTENCER.
A vida cristã não é um ato isolado. Somos feitos para viver em relacionamento uns com os outros.
Sem a comunhão vivenciada, demonstrada na prática a igreja se esvazia de sua mensagem, conteúdo e relevância, ou seja, perde o seu sentido. O texto de Jo.17:20-21 fala dessa unidade.

Deus nos deu a igreja como uma família espiritual para o nosso próprio benefício. Um dos benefícios do novo nascimento é você ser inserido no corpo de Cristo, a igreja. E como membro do corpo você tem uma função a desempenhar.
Não existe ninguém melhor do que outro, existem funções diferentes.

2º Alvo - DEUS QUER QUE VOCÊ SEJA UM MODELO DE SEU CARÁTER – Ef. 5:1, 2.

Este é o propósito do DISCIPULADO.
Deus deseja que você cresça para se tornar semelhante a Cristo. Prov. 4:18 – Este crescimento é gradativo.
1 Tm. 2:4 – o desejo de Deus é que todas as pessoas sejam salvas e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.

Por isso a definição bíblica para maturidade espiritual é “tornar-se semelhante a Cristo”.
Em 1 Tm.4:12 o apóstolo Paulo nos apresenta áreas específicas nas quais devemos nos modelar ao caráter de Cristo. Note que a maturidade não é medida pelo conhecimento que alguém possua e sim pelo estilo de vida que apresenta. (dentro dos padrões de Jesus)

É possível ser um grande conhecedor e ainda assim imaturo.
Paulo, falando sobre a soberana vocação, diz“todavia, andemos de acordo com o que já alcançamos”. Fil. 3:16

3º Alvo - DEUS QUER QUE VOCÊ SEJA UM MINISTRO DE SUA GRAÇA – I Pe 4:10

Este é o propósito do SERVIÇO ou MINISTÉRIO.

Deus espera que usemos os dons, talentos e oportunidades que Ele nos dá para beneficiar e abençoar outros desinteressadamente, sempre visando a edificação do corpo.
Com isso Deus quer que abandonemos o egoísmo. Jo. 13:12-17

4º Alvo - DEUS QUER QUE VOCÊ SEJA UM MENSAGEIRO DE SEU AMOR. – At. 20:24

Este é o propósito do EVANGELISMO
O apóstolo Paulo tinha consciência deste alvo de Deus para sua vida.
Uma vez nascidos de novo, nos tornamos mensageiros das boas novas para outros. “De graça recebeste de graça dai” (Mt. 10:8b). Por isso Jesus diz em Lc. 19:13“Negociais até que eu volte (Parábola das 10 minas)

Esta é uma responsabilidade importante de cada cristão – 2 Co. 5:18
Devemos pregar às pessoas, que recebam o amor de Deus e se reconciliem com Ele.
Talvez você se pergunte: Por que Deus nos deixa viver aqui na terra com tanta dor, tristeza e pecado, sendo que no céu podemos adorá-lo, ter comunhão, orar, cantar?
Há apenas duas coisas que não podemos fazer lá no céu: pecar e pregar sobre Jesus. Para fazer qual destas coisas você acha que Deus nos deixou aqui na terra? Obviamente que é falar de Jesus aos que ainda não o conhecem.

Ele quer que você o represente, quer que seja frutífero (Jo. 15:16a“Não fostes vós que me escolhestes a mim, pelo contrário eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos”. Não é opcional! Se você optar por não dar frutos, não estará obedecendo ao Senhor.

5º Alvo - DEUS QUER QUE VOCÊ EXALTE O SEU NOME – Sl. 99:9

Este é o propósito da ADORAÇÃO.

Cada um de nós tem uma responsabilidade pessoal de ADORAR a Deus. O primeiro mandamento diz“Não terás outros deuses diante de mim” – Êx. 20:3-5a
Existe um desejo de adoração que nasce com cada pessoa. Se não adoramos a Deus, acharemos outra coisa para adorar (trabalho, família, dinheiro, esportes, ou até nós mesmos). É uma carência do ser humano.
O Sl. 99 fala da santidade de Deus. O v. 1 diz: “reina o Senhor, tremam os povos”.

O reino de Deus é estabelecido em nosso coração, por isso ele espera que o adoremos em espírito e em verdade.
Se o reino de Deus está estabelecido em seu coração, você deve ser um adorador.

Apesar de estes propósitos de Deus serem grandes responsabilidades, eles também nos concedem grandes benefícios espirituais, emocionais e de relacionamento.



segunda-feira, 18 de março de 2013

E perdoa-nos as nossas dívidas...


“E perdoa-nos as nossas dívidas...”
Mt. 6.12-13

Chegamos à segunda divisão das petições do Pai Nosso, que dizem respeito às nossas necessidades espirituais; perdão e livramento do pecado.
 “E PERDOA-NOS AS NOSSAS DÍVIDAS...”
A Bíblia que só há uma lavagem da pessoa inteira; e essa ocorre por ocasião da justificação (Jo. 13.10). Porém, mesmo depois de justificados por Jesus, enquanto caminhamos por esse mundo, ficamos sujos e manchados pelo pecado.
Isso acontece com todo cristão. Por isso, embora saibamos que fomos perdoados, continuamos precisando de perdão para os nossos pecados e fracassos diários.
Isso é declarado em I João 1, onde lemos que o crente, embora ande na vida de fé, ainda assim pode incorrer em pecado.
João nos orienta a confessar os nossos pecados dizendo: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. I Jo. 1.9
O apóstolo João não estava falando com incrédulos. Sua carta destinava-se a pessoas crentes, assim como Jesus na oração do Pai Nosso.

Quem é a pessoa que pode orar  “...perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós temos perdoado aos nossos devedores...”?
É aquela que já recebeu o direito de exclamar: “Pai Nosso!” E a única pessoa que tem o direito de dizer: “Pai Nosso”, é aquela que se encontra em Cristo Jesus. Por assim dizer, essa é uma “Oração dos Filhos”.
Essa oração se destina exclusivamente àqueles que já foram feitos filhos de Deus mediante a fé no Senhor Jesus Cristo.
Temos aqui a relação entre um filho de Deus e seu Pai celeste, e, no instante em que percebemos que ofendemos, ou entristecemos ou pecamos contra o nosso Pai, devemos confessar o erro e pedir-lhe perdão; temos a certeza de que somos perdoados.
A Bíblia diz também em I Jo. 1.10 que: “Se dissermos que não temos cometido pecado fazemo-lo mentiroso e a sua palavra não está em nós”.
A pessoa que não reconhece quão pecador é o seu próprio coração, mas se preocupa meramente com suas próprias teorias, é uma pessoa que jamais se examinou verdadeiramente. Pois, quanto mais uma pessoa tiver sido santificada, tanto maior será o seu senso de pecado, e sua consciência de pecado no íntimo.

Através dessa petição, nosso Senhor estava interessado em relembrar-nos a necessidade do perdão e assegurar-nos quanto à certeza desse perdão.
Ele estava preocupado com a relação entre Ele, como Pai e nós, como filhos.
O que temos aqui é aquilo que encontramos tão claramente ensinado em Mateus 18, na parábola do Credor Incompassivo, que não se dispunha a perdoar um seu conservo, embora ele mesmo tivesse sido perdoado pelo seu senhor.
Essas palavras de Jesus ensinam que a prova que você e que fomos perdoados é que perdoamos aos outros.
Se pensarmos que os nossos pecados são perdoados por Deus, mas nos recusarmos a perdoar aos nossos semelhantes, estaremos praticando um grave erro; e isso será prova de que jamais fomos perdoados.
A pessoa que sabe que foi perdoada em virtude do sangue vertido por Cristo, e nada mais, é a aquela que sente a compulsão de perdoar a outros.
Se realmente conhecemos a Cristo como nosso Salvador, então nossos corações serão quebrantados e não poderão mostra-se duros, e nós não poderemos recusar o perdão a quem nos tiver ofendido.
Não podemos reter o perdão. Isso era o que o Nosso Senhor estava nos dizendo aqui.
Ore a Deus e diga: “Perdoa-me, ó Deus, assim como tenho perdoado a outros, por causa daquilo que tens feito por mim. Perdoa-me como eu os tenho perdoado, por causa daquilo que a cruz de Jesus Cristo tem realizado em meu coração”.

Essa petição está repleta da graça de Deus. Vemos como ela é importante por meio do fato que nosso Senhor chegou mesmo a repeti-la.
Havendo terminado a oração, Ele voltou ao tema e declarou nos versículos 14 e 15: “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.
O verdadeiro perdão quebranta ao homem, e ele se sente movido a perdoar. Por isso não devemos repetir essa oração de forma mecânica.

Vejamos agora a última petição:
E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO; MAS LIVRA-NOS DO MAL”. MT. 6.13
Essa é a petição final e esse é o seu propósito.
Ao fazermos essa petição, estamos pedindo que nunca sejamos conduzidos a uma situação em que nos tornemos passíveis de ser tentados por Satanás.
Ou seja, que Ele não permita que sejamos vítimas fáceis das tentações nem que sejamos expostos a situações onde poderíamos cair em pecado.
Há situações que são muito perigosas para nós. Dessa forma, devemos vigiar e orar, nos mantendo sempre em guarda para não cairmos em tentação (Mt. 26.41). 

Vinculado a isso há um segundo aspecto dessa petição, que nos recomenda orar no sentido de sermos livres do mal.
Nesse caso, o “mal” inclui não somente a pessoa de Satanás, mas também todas as formas e variedades do mal.
Certamente, o Maligno está incluído na palavra “mal”, por isso, precisamos ser defendidos dele e de suas artimanhas.
Entretanto, em nossos próprios corações também se oculta a maldade e, assim sendo, precisamos ser livres desse mal interior, como também do mal que reside no mundo em geral. Ou seja, precisamos ser livres de todos esses aspectos do mal. Jr.17.9; Mt. 15.19;

Por qual motivo deveríamos pedir a Deus para sermos resguardados do mal? Pelo grande motivo que a nossa comunhão jamais venha a sofrer interrupção.
O nosso desejo supremo deve ser o de termos sempre uma correta relação com Deus, conhecendo-o e desfrutando de companheirismo e comunhão ininterruptos com Ele.
Esta é a razão pela qual devemos fazer essa oração, para que nada venha a interpor-se entre nós e o glorioso Pai celeste.

O que alguém poderia dizer, após uma oração magnífica como essa. Após ter lido tais palavras?
Deve haver uma espécie de ação de graças final, alguma forma de doxologia (expressão de louvor a Deus).
Quando consideramos nossas necessidades e também o quanto dependemos dele e as nossas relações com Ele, não podemos parar dizendo: “Livra-nos do mal”.
Precisamos terminar nossa oração conforme havíamos começado, isto é, louvando ao Senhor, e é isso que Jesus nos ensina ao dizer:
“Pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém”.


Referência:
JONES, D. M. Lloyd.  Estudos no Sermão do Monte. SP: Ed. Fiel, 1984.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Santificado seja o teu nome


"Santificado seja o teu nome, [...]"
Mt. 6.9-10
Chegamos à próxima divisão da oração do Pai Nosso. Àquela que aborda a questão de nossas petições.
“Pai nosso que estás nos céus...” é a invocação. Em seguida aparecem as petições: “... Santificado seja teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal...” (Mt. 6.9-13).
Devemos perceber, no entanto, a proporção de importância da qual se revestem as petições.
As três primeiras petições: “santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” dizem respeito a Deus e Sua glória.
Não só nossos desejos e petições referentes a Deus devem estar em primeiro lugar, mas também devemos observar que metade das petições são dedicadas a Deus e à Sua glória, e que só as demais se referem às nossas necessidades, aos nossos problemas particulares.

A primeira lição que podemos aprender com as Escrituras hoje, é que:
JAMAIS DEVEMOS COMEÇAR PENSANDO EM NÓS MESMOS, NUNCA DEVEMOS COMEÇAR APRESENTANDO AS PETIÇÕES QUE NOS DIZEM RESPEITO.
Não importam quais sejam as nossas condições e circunstâncias; nosso trabalho; nossos desejos! Mesmo quando as nossas petições atingem o seu mais elevado nível, como nosso interesse pela salvação das almas; pelas bênçãos de Deus sobre a pregação da Sua Palavra; por aqueles que nos são mais íntimos e queridos, quando queremos que eles se tornem crentes autênticos, elas jamais devem receber a primazia, ser parte de nossas primeiras petições. Menos ainda deveríamos começar pelas nossas próprias circunstâncias ou condições.
Não importa quanto a nossa situação seja desesperadora, quanto aguda seja a tensão, se está ocorrendo alguma enfermidade física, guerra, calamidade, ou algum terrível problema que, repentinamente, nos tenha ameaçado – sem importar o que possa acontecer, jamais deveríamos deixar de observar a sequência em que as petições foram aqui expostas por nosso bendito salvador e Senhor.
Antes de começarmos a pensar em nós mesmos e em nossas próprias necessidades, ou nos preocuparmos com o próximo, devemos começar nossas orações por esse grande interesse acerca do Senhor Deus, de Sua honra, de Sua glória.
Já nos conscientizamos do fato que estamos na presença de Deus, e de que Ele é nosso Pai celeste. Consequentemente, conforme diz Jesus, essa deveria ser nossa petição, e esse, nosso primeiro desejo: “santificado seja o teu nome”

Vejamos agora as lições que Jesus quis nos ensinar com as palavras que usou:
A PALAVRA “SANTIFICADO” SIGNIFICA REVERENCIADO, CONSIDERADO SANTO.
Jesus quis ensinar que o propósito dessa petição é exprimir esse desejo de que o próprio Deus seja reverenciado, santificado, que o próprio nome de Deus e tudo quanto esse nome denota e representa seja honrado entre os homens, tornando-se um nome respeitado e reverenciado diante do mundo inteiro.

O “NOME” SIGNIFICA TUDO QUANTO ESTÁ ENVOLVIDO NA PESSOA DE DEUS, TUDO QUANTO NOS FOI REVELADO A RESPEITO DELE.
Significa Deus em todos os seus atributos, em tudo quanto Ele é em si mesmo, em tudo quanto Ele tem realizado e continua realizando.
Deus revelou-se aos filhos de Israel, sob diversos nomes: Ele utilizou certas palavras para indicar a Sua pessoa:
El ou Elohim: aponta para o seu poder, para sua força;
Yahweh (traduzido como Jeová ou Senhor, em português), que significa “autoexistente”, o “sou o que sou”, o “eternamente autoexistente”.
Yahweh-jireh: “o Senhor proverá;
Yahweh-rapha: “o Senhor cura”;
Yahweh-nissi: “o Senhor é a nossa bandeira”;
Yahweh-shalom: “o Senhor é a nossa paz”;
Yahweh-ra-ah: “o Senhor é o nosso pastor”;
Yahweh-tsidkenu: “o Senhor é a nossa justiça”;
Yahweh-shammah: “o Senhor está presente”.
Ao atribuir a Si mesmo esses diversos nomes, Deus revela aspectos da Sua pessoa, como também de Sua natureza, de Seu ser, de Seu caráter e de Seus atributos, para conhecimento da humanidade. As palavras do Pai Nosso: “o Teu nome”, envolvem tudo isso.
O Senhor Jesus estava ensinando aqui a orarmos para que a humanidade inteira venha a conhecer a Deus dessa maneira, que o mundo inteiro venha a honrar a Deus desse modo.
Essa era a paixão consumidora do próprio Senhor Jesus Cristo! Podemos ver isso em: João 8.50 e 17.4-6.
Cristo já havia contemplado e participado plenamente dessa glória na eternidade com o Pai, estava pleno desse senso da glória de Deus, e o seu único desejo era que a humanidade viesse a conhecê-la e experimentá-la também.
Deveríamos também ser conhecidos pela nossa paixão consumidora para que o mundo inteiro viesse a conhecer a Deus dessa forma. (Sl. 34.3)
Essa primeira petição aponta para um ardente desejo de que o mundo se prostre diante de Deus, em adoração à Sua pessoa, reverência, louvor, honra prestada e em ação de graça.

Por acaso é esse nosso maior anseio? Essa é a questão que ocupa o lugar mais proeminente em nossas mentes, sempre que oramos a Deus?
Nosso Senhor nos ensina que:
Quando nos aproximarmos de Deus, embora estejamos debaixo de condições e circunstância desesperadoras, embora tenhamos alguma preocupação grave em nossa mente e coração, ainda assim, conforme Ele disse, deveríamos parar por alguns instantes para relembrarmos quem Deus é, a fim de que nosso mais profundo desejo seja que esse Deus admirável, que se tornou nosso Pai celeste, através de Jesus Cristo, venha a ser honrado, adorado, santificado entre os homens.
Se estivermos ansiosos por conhecer a bênção de Deus e nos interessamos para que as nossas orações sejam eficazes e valiosas, então devemos assimilar e praticar essa sequência ensinada por Cristo.
Se quisermos conhecer a Deus e ser abençoados por Ele, precisaremos começar as nossas orações pela adoração à Sua pessoa. Dizendo-lhe que, antes de mencionarmos qualquer preocupação conosco, o nosso mais profundo desejo é que Ele seja conhecido entre os homens.
Que aprendamos mais essa preciosa lição ensinada pelo nosso Senhor Jesus!



Referência:
JONES, D. M. Lloyd.  Estudos no Sermão do Monte. SP: Ed. Fiel, 1984.



terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Pai Nosso...


“Pai nosso”
Mt. 6.9a
Quando meditamos sobre a oração vemos que o Senhor Jesus não apenas sentiu ser necessário advertir aos seus seguidores contra certos perigos relativos à prática da oração, tais como vimos em Mateus 6.5.
Naquela parte do Sermão do Monte Ele advertiu que não fossem hipócritas; também que não usassem repetições inúteis, e lhes disse ainda que o mero volume ou quantidade das palavras usadas não produz qualquer benefício especial.
Ensinou-lhes que convinha que orassem em secreto, que ficassem a sós com Deus, concentrando-se Nele e em sua relação com Ele.

Mas Jesus não achou suficiente fazer uma advertência geral, porque os seus discípulos precisavam de instruções mais minuciosas. 
Ele prosseguiu afirmando: “Portanto, vós orareis assim...” e passou a ensiná-los sobre o método certo de orar.
A oração é a mais sublime atividade da alma humana. O ser humano atinge o ponto culminante de sua experiência quando, de joelhos, acha-se face a face com Deus.
Nada existe que seja capaz de revelar tão bem a nossa realidade espiritual, como povo evangélico que somos, do que a nossa vida de oração.
Qualquer outra coisa que fizermos em nossa vida cristã será mais fácil do que orar.

Descobrimos nossa verdadeira condição espiritual quando nos examinamos privadamente.
Quando deixamos as atividades e os contatos externos com outras pessoas, e ficamos sozinhos diante de Deus, então realmente percebemos onde nos encontramos, espiritualmente falando.
Orar é o mais profundo teste a que pode ser submetida a nossa condição espiritual, quanto à sua autenticidade.
Assim como os discípulos precisamos ser instruídos sobre como se deve orar, e também sobre o que devemos orar.
Na oração do Pai Nosso, encontramos uma perfeita síntese das instruções de Nosso Senhor sobre essas questões.

PRIMEIRAMENTE, ESSA ORAÇÃO É UM MODELO.
A própria maneira como o Senhor Jesus a introduziu já indica esse fato. Ele diz: “Portanto, vós orareis assim...” (Mt. 6.9)
Em essência, essa oração cobre tudo.
Ninguém precisa acrescentar coisa alguma à oração do Pai Nosso; pois coisa alguma foi esquecida.
Isso não significa que ao orarmos simplesmente devamos repetir a oração e parar depois disso.
Nem o próprio Senhor Jesus fez tal coisa. Ele passou noites inteiras em oração; por muitas vezes se levantou, ainda de madrugada e ficou orando durante muitas horas.
Ela contém todos os princípios. É uma espécie de estrutura, de esboço. Ao orarmos, é tomarmos esses princípios, empregando-os e expandindo-os, baseando neles toda e qualquer petição.
Ela visa não somente aos discípulos originais, mas também a todos os crentes de todos os lugares, em todos os tempos.

A condição indispensável é que eu não fique meramente repetindo, de forma mecânica, as palavras dessa oração, mas devo realmente orar no coração, na mente e com todo meu ser.
Jesus a ensinou não para que a ficássemos repetindo mecanicamente pelo resto de nossas vidas e, sim, a fim de que os seguidores do Senhor dissessem consigo: “Quando eu tiver de orar, sempre terei de lembrar-me de determinadas coisas. Não devo precipitar-me numa oração apressada; nem começar falando imediatamente, sem antes ponderar o que estou fazendo. Não devo ser meramente levado por algum impulso ou sentimento do momento. Existem certas verdades que sempre deverei ter em mente”.
Nosso Senhor estava dizendo aqui que essas eram as coisas que ele sempre tinha em mente quando orava, e que, assim sendo, nunca podemos fazer qualquer coisa mais sublime do que orar de acordo com essas normas.
Mas, como devemos orar e sobre o que devemos orar? Jesus começa ensinando que:

AO APROXIMAR-NOS DE DEUS CONVÉM QUE FAÇAMOS UMA PAUSA, ANTES DE COMEÇARMOS A ORAR.
“Pai nosso (...)” Mt. 6.9a
Essa atitude nos dá tempo para reconhecermos nossa verdadeira relação com Deus.
Nossa tendência é ser tão egocêntricos nas nossas orações que, quando vamos orar pensamos somente em nós mesmos, em nossas dificuldades e perplexidades.
Começamos a falar imediatamente sobre elas e, naturalmente nada acontece.
Se você é capaz de dizer “meu Pai” com todo coração, sem importar quais sejam suas outras condições, em certo sentido a sua oração já foi respondida.
Orar significa conversar com Deus, esquecendo-nos de nós mesmo e tendo consciência da presença do Senhor.

As orações registradas na Bíblia sempre começam por uma invocação.
Não importa quão desesperadoras e urgentes tenham sido as circunstâncias, nem os apuros daqueles que oravam; invariavelmente eles começavam por um ato de louvor, adoração ou invocação.
Sempre devemos começar nossas orações com uma invocação, antes de apresentarmos nossa primeira petição.

Somente aqueles que são crentes autênticos no Senhor Jesus Cristo é que podem dizer “Pai Nosso”.
Essa não é uma doutrina muito popular nesses nossos dias, mas essa é a doutrina ensinada na Bíblia.
O mundo atual acredita na paternidade universal de Deus, e também na fraternidade universal dos homens. Entretanto, tal ensino não é encontrado na Bíblia.
Somente aqueles que “o receberam” é que ele deu o direito (a autoridade) de tornarem-se filhos de Deus” (Jo. 1.12)
A Bíblia estabelece claríssima distinção entre aqueles que pertencem a Deus e aqueles que não lhe pertencem.
Pode-se perceber isso na oração sacerdotal de Jesus, em João 17, onde ele disse: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste porque são teus”  (v9).
Somente aqueles que estão no Senhor Jesus Cristo são verdadeiros filhos de Deus. Tornaram-se seus filhos através da adoção.
A Bíblia diz todos nascemos filhos da ira (Ef. 2.3), e precisamos ser arrebatados espiritualmente desse reino da maldade para que nos tornemos filhos de Deus.
Se verdadeiramente confiarmos no Senhor Jesus Cristo, então teremos sido adotados na família de Deus, e também recebemos “...o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba Pai” (Rm. 8.15).
O homem mundano não gosta dessa doutrina. Prefere dizer que todos são filhos de Deus apesar de não crer em Jesus como seu Salvador e Senhor de sua vida.

Portanto, quando nosso Senhor disse, “Pai Nosso”, obviamente estava pensando nos crentes em Cristo, e é por esse motivo que essa oração do Pai Nosso é uma oração cristã.
Uma pessoa pode proferir com os lábios as palavras “Pai Nosso”, mas, a pergunta que se impõe é essa: Ele acredita nisso? E tem experiência real com esse fato?
A prova final da profissão de fé de cada indivíduo é que ele possa dizer com confiança e absoluta certeza: “Meu Pai, meu Deus”.

Reflita por uns instantes:
Deus é seu Deus? Você realmente O conhece como seu Pai? E quando você se aproxima Dele em oração, você tem o senso de que está se aproximando do seu Pai Celeste?
É por aí que devemos começar a orar, conforme nos instruiu nosso Senhor, isto é, devemos perceber que temos nos tornado filhos de Deus por causa daquilo que ele fez em nosso favor através do Senhor Jesus Cristo. Essa é a ideia implícita nesse ensino de Cristo.
Jesus afirmou que é dessa maneira que convém orar. Era assim que ele orava e é assim que devemos orar!
Se essa não tem sido sua prática, comece a partir de hoje a orar assim!
Que Deus nos ajude! Amém!

Referência:
JONES, D. M. Lloyd.  Estudos no Sermão do Monte. SP: Ed. Fiel, 1984.