Fale comigo quando eu tiver mais tempo

“Assim, como diz o Espírito Santo: Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração (...)”
 Hebreus 3:7-8a

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.”  

Ap. 3:20

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações.” Se Deus, o Senhor dos senhores, fala a nós hoje, é tempo de graça! É um sinal de honra suprema! 

Não podemos definir qual será o momento em que Deus falará a nós, mas podemos estipular um tempo regular para a leitura da Bíblia e pedir que ele fale conosco. O que aconteceria conosco se disséssemos: “Senhor, minha agenda está cheia hoje, bem como durante a semana toda. Por favor, fale de novo comigo quando eu tiver mais tempo.” – “Hoje, se ouvirem a sua voz” – então dê prioridade a eEe e às suas palavras, dê a Ele toda a atenção e preste-lhe toda a obediência!   

É como quando chega um convidado ilustre. A dona-de-casa tira seu avental, desliga a TV, o rádio ou o CD e é toda ouvidos para tudo o que o hóspede diz. Também quando Deus nos corrige,  nos convence do pecado e nos leva a crer ao invés de ver, somos privilegiados. 

Nossa felicidade consiste na comunhão com ele! Porém, também podemos nos fechar quando sentimos; “Isto é para mim” – “Mas não quero.” Podemos tomar esta terrível decisão contra a voz de Deus. Se, por várias vezes fecharmos os ouvidos à sua voz, nosso coração e nossa consciência ficarão endurecidos. Perderemos a sensibilidade para ela. 

Mas, endurecer não é nosso destino. O endurecimento é resultado de várias pequenas decisões contrárias à voz de Deus. Ainda existe um retorno para Jesus. Ele hoje te diz: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo.”

Inseguro diante das pressões da vida?

Quem de nós não fica inseguro diante de certas pressões impostas pela vida? São pressões que causam medo, que nos dão a impressão de que é impossível seguir em frente! De que o inimigo é muito mais forte e maior que nós! E por isso estamos encurralados! 

Tenha calma, querido(a) amigo(a)! Veja como Deus age quando Seus filhos encontram-se nesse tipo de situação:

“Diga aos filhos de Israel que marchem” – Esta frase foi pronunciada por Deus aos seus filhos, quando peregrinavam através do deserto, em direção à terra prometida. Deus jamais se descuidava deles. Constantemente os ajudava de forma maravilhosa!

O texto nos diz que os israelitas estavam experimentando uma “pressão” muito intensa. Faraó, rei do Egito, os perseguia com seu exército impiedoso. Homens, mulheres, jovens e crianças sofriam com esta situação. Estavam amedrontados e encurralados, porque, à frente, tinham o mar e, atrás, seus algozes que se aproximavam.

O que encanta no texto é a constatação de que, se faraó estava perto para consumi-los, Deus estava mais perto ainda, para cuidar daquelas pessoas amadas e defendê-las de todos os perigos que as ameaçam.

Deus estava junto, para agir e ajudar! (Clique para ler todo o texto: Êxodo 14:10-22)

 

O SENHOR ESTAVA PERTO COM UMA PALAVRA MOTIVADORA

“Diga aos filhos de Israel que marchem” (v. 15)

Era esta a palavra motivadora do Senhor aos israelitas! Eles precisavam dela. Principalmente num contexto em que muitos estavam pensando em desistir de caminhar, desanimados para lutar, desencorajados pelas pressões e dominados pelo medo.

Naquela hora surgiu a voz de Deus, com sua Palavra completamente direcionada para mudar a situação, renovar a esperança e impulsionar a confiança. Esta Palavra de Deus foi decisiva para o fortalecimento espiritual e emocional daquele povo.

O SENHOR ESTAVA PERTO COM UMA PROMESSA MARAVILHOSA        

Deus disse a Moisés “estende tua mão sobre o mar e divide-o, para que meus filhos passem pelo meio do mar em seco” (v.16).

Temos aqui uma rica promessa. “Marchem na direção do mar, porque o mar se abrirá. Ninguém tocará em vocês".

Cheio de fé, Moisés, líder daqueles filhos de Deus, afirmou: “Vede o livramento que o Senhor hoje vos fará” (v. 13). A promessa de que Deus garantiria a salvação de seus filhos e lhes daria grande vitória naquela tribulação reacendeu e renovou a esperança.

Eles marcharam e se firmaram nas promessas do Senhor, que agiu maravilhosamente!

O SENHOR ESTAVA PERTO COM PODER GRANDIOSO, PODEROSO, MAGNÍFICO            

“Moisés estendeu a mão sobre o mar, e Deus, o SENHOR, com um vento leste muito forte, fez com que o mar recuasse. O vento soprou a noite inteira e fez o mar virar terra seca. As águas foram divididas, e os israelitas passaram pelo mar em terra seca, com muralhas de água nos dois lados” (v. 21 e 22)

A Palavra de Deus diz que o mar se abriu e o seu povo passou seguro. O poder de Deus, mais uma vez, se manifestou na caminhada do povo, mais um inesquecível milagre veio de Deus!

Provavelmente, muitas daquelas pessoas, ao presenciarem aquele ato fantástico da soberania do Deus Todo-Poderoso, disseram: “Que privilégio estar vivo e ver isto! Deus fez tudo isto que está ocorrendo! Ele é realmente o Senhor!”.

Hoje, quando lemos este texto, conhecendo a Deus, podemos dizer: “Não há Deus maior! Não há Deus melhor! Não há Deus tão grande como nosso Deus!”

Por crer nesse Deus e experimentar o seu cuidado tão esplêndido, o apóstolo Paulo disse: “Eu sei em quem tenho crido e estou certo que ele é poderoso” (2 Tim. 1:12 - clique para ler).

E o mesmo apóstolo nos ensinou em Efésios 3:20 que Deus “é poderoso para fazer infinitamente mais do tudo o que pedimos ou pensamos”.

Podemos dizer, ao ler a maravilhosa história da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito, que Deus agiu com poder e abundante graça (favor imerecido).

O texto bíblico nos fala dos peregrinos do passado, que estavam diante de uma pressão que os apavorava, com as iminentes ameaças de destruição. Naquele contexto, Deus veio a eles com uma palavra motivadora, com uma promessa maravilhosa e com poder magnífico eles foram ajudados por Deus.

O que este texto tem a ver conosco? Qual a mensagem dele para cada um de nós, que amamos o Senhor e procuramos servi-lo com fé?

Nos dias atuais, nós também somos “peregrinos do Senhor, que caminhamos pela fé na história, rumo cidade celestial”.

Muitas vezes, também enfrentamos pressões desafiadoras, não um faraó com seu exército, mas que também nos deixam amedrontados, inseguros, encurralados, sem saber o que fazer!

 Todavia, nestas situações o Senhor sempre está próximo, com muitas palavras motivadoras. A Bíblia está repleta delas. Elas vieram de Deus e nos inspiram a marchar, a andar com Ele pela vida afora, em toda e qualquer circunstância. (Romanos 15:4; João 16:33 - não deixe de ler!)

A Palavra de Deus traz promessas maravilhosas! Dentre tantas, a de estar conosco “todos os dias”, cuidando de nós, com Sua graça maravilhosa e com Seu poder magnífico.  É este o poder que nos sustenta. (Isaías 41:10 - leia).

Deus é poderoso para nos guardar e ajudar quando as pressões desafiadoras chegam. Ele nos fortalece em Cristo Jesus, para prosseguirmos na caminhada. 

Desejo que, ao iniciar sua semana, você tenha CORAGEM e CONFIANÇA em Jesus, diante das pressões que poderão surgir!

Mais do que meros ouvintes

“Este é o meu Filho amado. Ouçam-no!”   
Marcos 9:7-8

Quem garante que a Bíblia é realmente palavra inspirada por Deus? Será que ela merece a confiança que depositamos nela? É firme a base sobre a qual está posto o cristianismo?

Estas são questões levantadas por quem resiste à voz de Deus pelas Escrituras. A Bíblia incomoda e, por isto, lançam-se dúvidas quanto à veracidade e autoridade das Escrituras.

Ouvir Jesus, ouvir a Bíblia, implica não somente em refletir sobre a razão e os fundamentos da nossa fé, mas também na decisão pessoal de crer, obedecer e se deixar guiar pela voz do Senhor através da Bíblia. 

Precisamos ser mais que ouvintes. Pois não há nada mais improdutivo do que um cristianismo intelectual e religioso, que se limita a refletir, sem nunca chegar ao arrependimento nem à ação obediente.

Um soldado, entrincheirado em meio a um bombardeio estava encurralado por forças inimigas, quando viu no chão um pedaço de papel trazido pelo vento. Apanhou-o. Era um pedaço de uma página de uma Bíblia, quase totalmente queimado; dava para ler apenas parte de um versículo: “...e falou Deus a Moisés...”. Em seu desespero, pensou: “Se Deus falou a esse Moisés, então pode falar comigo!” pensou isto consigo mesmo e, confiante orou, pedindo livramento. E Deus o livrou!

Quanto mais ouvirmos a voz de Jesus, o Filho amado de Deus e meditarmos na Sua revelação através das Escrituras, tanto mais madura e consolidada ficará nossa fé. Jesus prometeu: “Felizes são aqueles que ouvem as minhas palavras e lhe obedecem” (Lucas 11:28).

Que você ouça, reflita, creia e ponha em prática os ensinamentos das Escrituras! Só assim você comprovará que ela realmente é a Palavra de Deus!

A Bíblia nos instrui sobre o que fazer quando não sabemos o que fazer! (2ª parte)

Como já vimos ontem, há situações em nossa vida em que, ao precisar tomar uma decisão, em meio a uma tribulação, angústia ou medo, não sabemos o que fazer!

Mas nós não precisamos nos desesperar, pois:

Em 2 Crônicas 20:1-24 encontramos pelo menos, mais três princípios que podem ser úteis quando não soubermos o que fazer numa situação.

Quando não sabemos o que fazer devemos parar para perceber a voz do Espírito Santo – v. 14-17

Em meio à aflição de Josafá e de todo o povo à sua frente, surge o Espírito do Senhor no meio deles e diz: “Não temais”.

Na hora da dificuldade precisamos parar e ouvir. Buscar ao Senhor através da Sua Palavra e ouvir a voz do Espírito Santo orientando-nos.Talvez através de pessoas que já passaram pelo mesmo caminho, as mesmas dificuldades, ou através das circunstâncias da vida. De alguma forma Deus nos falará.

Devemos parar, esperar e ouvir a voz de Deus falando ao nosso coração.

Observe que nesta reunião de oração (de busca a Deus) ninguém faltou – as famílias estavam presentes, como sempre deveria acontecer.

Para saber o que fazer é necessário também render-se à vontade de Deus – v. 18

Uma vez que Josafá ouviu a promessa do Espírito Santo, prostrou-se com todo o povo com o rosto em terra.

Na hora em que não sabemos o que fazer devemos dizer: “Senhor, estou diante de uma batalha que não posso ganhar, eu sou incapaz, por isso vou me render à Tua vontade, não importa o que aconteça”.

Josafá (rei) prostrou-se demonstrando a sua submissão ao poder e à autoridade de Deus.

Muitas vezes, nos ajoelhamos para orar na igreja ou em casa mesmo, mas é só o físico que se curva, enquanto o espírito continua em pé, orgulhoso, autoconfiante. Falta-nos humildade diante de Deus. Em Mateus 11:29 Jesus nos ensina a aprender dele que é manso e humilde de coração.

E o último, quando você não souber o que fazer diante de uma situação difícil cante louvores a Deus– v. 21

Que exército esquisito este do verso 21!

Um grande coral adiante do exército. Esse grande coro seguiu cantando e o exército ia atrás marchando em fila. Eles cantavam a gratidão pela bondade e pela misericórdia de Deus.

Eles aprenderam a louvar ao Senhor antes de chegar à resposta.

É muito fácil louvar o Senhor depois que já temos a vitória – quando ele providenciou aquele dinheiro que precisávamos, quando nossos filhos já entregaram a vida a Jesus, etc.

Mas louvar ao Senhor em meio à crise, perante uma montanha e sem saber o que fazer, para isto sim precisamos de fé! Precisamos confiar mais em Deus – v. 20b

Talvez você esteja curioso para saber o que aconteceu com Josafá depois dessa experiência?

Deus deu um jeito de destruir seus inimigos milagrosamente – v. 23-24

Quando Deus batalha por nós, Ele faz a obra completa – não precisamos fazer nada, basta esperar nele confiantemente.

Qual é o “gigante” da sua vida?  Qual o inimigo que te ameaça? Você está sem saber que rumo tomar em sua vida?

Quando você passar por dificuldade, quando tiver decisões a tomar e não souber o que fazer lembre-se da história de Josafá:

Que buscou o Senhor;

Que reconheceu a soberania de Deus;

Que abriu a gaveta da sua experiência e tirou lembranças da fidelidade de Deus;

Que ouviu a voz do Espírito de Deus;

Que se ajoelhou aceitando a vontade de Deus;

Que aprendeu a louvar a Deus antes e depois da vitória.

Que seja esta a sua experiência com Deus!

Tenha a plena confiança de que, à medida que surgirem os desafios, Deus, a quem você pertence, lhe dará o livramento.

Você tem ouvido a voz de Deus?

Samuel ouviu a Sua voz

1 Samuel 3.4-10; Isaías 6.8; Jeremias 1.4-7

"O Senhor chamou o menino: Samuel, Samuel! Este respondeu: Eis me aqui. Correu a Eli e disse...” 

Samuel ainda não sabia como é quando o Senhor chama. Ele ainda não conhecia a sua voz. Por isso, o menino correu até Eli, como era seu costume quando este o chamava. Samuel estava pronto para fazer o que Eli lhe mandasse. Isto também aconteceu quando foi chamado pela terceira vez. Então, Eli compreendeu que Deus queria falar com Samuel "Vai deitar-te, se alguém te chamar, dirás: Fala Senhor, porque o teu ser ouve." 

O sacerdote Eli sabia como uma pessoa com quem Deus fala precisa estar atenta em seu íntimo, preparada para ouvir a voz de Deus. O texto bíblico não menciona que pensamentos e sentimentos passaram pelo coração de Eli quando compreendeu que Deus falou novamente com alguém, com alguém muito jovem, a quem queria confiar sua palavra. 

É muito importante, que independente de idade ou profissão, nosso coração seja sensível e atento como o de uma criança para ouvirmos a voz de Deus. Para o sacerdote Eli havia chegado o momento de abandonar o serviço. O próprio Deus escolheu o momento e o sucessor. O Senhor conduziu o seu povo a um novo começo. 

O Maior dirigiu-se ao menor e chamou-o pelo nome. E o menino colocou o seu coração a disposição: "Fala, porque o teu servo ouve." (v. 10). Esta resposta mudou radicalmente a vida de Samuel. O Altíssimo, o Santo de Israel, havia entrado em sua vida para iniciar com ele, o mais jovem servo do santuário, um relacionamento pessoal. 

Deus havia escolhido Samuel para ser o mensageiro diante das pessoas, proclamando a sua vontade. Isto significava que Samuel não falaria em seu próprio nome, mas em nome do Deu vivo. (Leia At 26.12-19; Is 43.1; 1 Ts 5.24; 2 Tm 1.9; Ap 3.20.) 

Publicado com autorização da Casa Matriz das Diaconisas