Será que o seu coração está dividido entre Jesus e mais alguma coisa? Existe alguém que para você é mais importante do que Ele? Ou será que o seu coração pertence ao trabalho que realiza?
Devemos realizar nossas tarefas com fidelidade, mas nosso coração deve pertencer, em primeiro lugar, a Jesus. – Cl. 1:18
As coisas com as quais ocupamos nosso tempo também podem vir a dominar nosso coração. Muitos transformam até seu hobby em prioridade!
Só seremos verdadeiramente felizes como discípulos de Jesus se o nosso coração não estiver dividido. É preciso um coração perfeito, inteiro – 2 Crô. 16:9; 1 Rs. 15:3
Um coração dirigido por Jesus assume uma posição correta diante das coisas terrenas. Mateus 6:33; Jo. 3:30; Fp; 3:7-12
O pior concorrente de Jesus na luta pelo nosso coração é o próprio eu, que quer determinar tudo o que ocupa o trono da nossa vida.
Certo professor de português ensinou aos seus alunos que o ‘eu’ é caracterizado como primeira pessoa do singular, ‘tu’ é segunda e ‘ele’ é a terceira. Em seguida, os alunos tinham aula de religião com o mesmo professor que então disse: “Vocês sabiam que existe também a gramática divina? E ela é invertida: A primeira pessoa é ‘ele’, a segunda ‘tu’ e a terceira ‘eu’! ‘Ele’ é Jesus, que deu tudo por nós. Ele tem o direito de ocupar o primeiro lugar em nossa vida. Vivemos segundo a gramática terrena ou divina?”- Rm 4:25
Nosso coração precisa ser também quebrantado! – Sl. 34:18; Mt. 26:69-75
Para este tipo de coração existe uma promessa: “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado”. Pedro via somente destroços em sua vida, após ter negado a Jesus. Fazia pouco tempo que ele havia se apresentado a Jesus da melhor forma: “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim...Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo de negarei”(Mt.26:32-35). Apesar de conhecer o estado do coração de Pedro Jesus chamou-o.
O quebrantamento interior foi necessário – assim Jesus agiu nele e somente assim ele podia tornar-se útil para Jesus.
Ser quebrantado dói! Se quebrantado traz felicidade! Ser quebrantado significa esvaziar-se para poder ser preenchido com a plenitude de Deus.
Podemos até defender-nos, mas só teremos vida plena quando nos libertarmos de tudo o que não agrada a Jesus.
Em Isaías 57:15 existe uma promessa para todos aqueles que não fogem desta dolorosa intervenção.
Jesus requer de nós um quebrantamento interior. Então, podemos ter esta certeza: Ele quer abençoar-nos mais, e sempre nos dará mais do que exige de nós. – Sl. 51:17; 2 Co. 7:10
No coração de Jesus encontramos também estas características e é na vida dele que devemos nos espelhar para conduzir nossa vida em Seus caminhos.
Alguém que deseja ser feliz como discípulo de Jesus precisa ter também um coração grato – Lucas 17:11-19; Salmo 9:1
Quem é grato recebe tudo como indicação da bondade de Deus.
No texto de Lucas, dez homens haviam sido libertos por Jesus, da temível e incurável doença da lepra. Nove dentre eles não agradeceram a ele pelo milagre. Somente um voltou quando viu que estava curado – Jesus ficou admirado. Nove ingratos e um grato? Que relação de gratidão e ingratidão diante do Filho de Deus!
Para o cristão grato, agradecer a Deus é uma necessidade!
Agradecer significa dar a Deus toda a glória, dar-lhe o que lhe pertence.
A gratidão nos dá forças para lidar também com as decepções. Ela nos aproxima de Deus, enquanto que o rancor e a ingratidão nos afastam dele.
A ingratidão é tão perigosa para o cristão quanto o é para o motorista menosprezar o cinto de segurança.
Vale à pena exercitar a gratidão!
Se refletíssemos sobre o que recebemos diariamente pela bondade de Deus, preencheríamos uma lista com itens grandes e pequenos, pelos quais podemos agradecer.
Facilmente limitamos a nossa gratidão às coisas agradáveis. Porém, quando a luz divina ilumina tudo – até o sofrimento – também agradecemos por ele (1 Ts. 5:18)
Que possamos aprender a dizer: “Obrigado, meu Pai, por tudo que me dás. Obrigado porque nas mínimas coisas hoje cuidas de mim!”
Gl. 2:19-20; Ef. 3:17-19
Paulo fala de forma muito pessoal da situação de seu próprio coração: “Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”.
Jesus habita, através do Espírito Santo, no coração de todo aquele que entrega a sua vida a Ele.
Paulo orou pelos efésios: “Por esta causa me ponho de joelhos diante do Pai....e assim habite Cristo em vossos corações”.
Frei Rienecker escreve: “Quais são os pré-requisitos para que Jesus habite em nossos corações? A resposta é: Ele só habita numa casa vazia.
A casa só fica vazia quando a força própria sai e quando toda autoconfiança e esperança em pessoas desaparecem.
Quando não sobra nada, a não ser uma casa vazia, então Jesus vem e decora esta casa com forças dos céus.
Quando Ele habita em nós, temos tudo de que necessitamos.
Nele, o fraco tem um Salvador forte, e o impotente tem um Deus Todo-Poderoso.”
Jesus não quer ser somente um hóspede em nosso coração, mas Senhor. Uma motivação resumida poderia ser: Não mais eu, mas Cristo em mim!
“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”.
A,. Schlatter diz: “Cristo vive, e ele não vive para mim na glória, mas vive também em mim, fazendo com que sua vida tome conta de mim e brilhe por meu intermédio, de modo que eu possa ser uma criatura e um testemunho de sua vida”. (Rm 6:3-11; 2 Co. 4:7, 10, 11)
Aceite esta exortação da Palavra de Deus, e com certeza sua comunhão com Jesus será muito maior. Busque, com a ajuda de Cristo, ter sempre um coração grato e um coração onde, verdadeiramente quem habita e governa é Ele mesmo, Jesus Cristo.
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