E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença (...)
Este texto tem o título de “A cura do Cego de Nascença”, mas bem poderia ser conhecido como “Os Três Encontros com Jesus”.
Por quê?
Primeiramente porque foi um ENCONTRO PRÁTICO.
Foi a curiosidade dos discípulos que encaminhou este encontro.
Em Israel e, mesmo fora dele, sempre se imaginou uma relação de causa e efeito muito simplista: de duas uma: este homem era cego por causa do seu próprio pecado, ou por causa do pecado de seus pais.
Jesus rompeu com este modo de pensar e afirmou no v. 3: “nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus”. Em seguida, fez lodo com terra e saliva, aplicou aos olhos do cego, que se dirigiu ao Tanque Siloé. E o resultado foi que ele passou a enxergar!
Literalmente sua vida se transformou num piscar de olhos! Agora poderia ver as pessoas, distingui-las, observar a natureza, encantar-se com as cores. Um novo mundo se abria para ele. Além de cego era um mendigo. A partir de agora poderia ter uma ocupação digna.
Realmente este encontro foi muito prático e vantajoso para o cego, cujo nome nem sabemos. Porém isto não significou verdadeiro e profundo encontro com Cristo. Quando perguntado a respeito de quem havia operado este milagre, ele, apenas responde que nem sabia onde ele se encontrava (v. 12).
Muitos têm um encontro desta natureza com o Senhor Deus. Trata-se de um encontro que resolve problemas, geralmente do tipo saúde, dinheiro, vida afetiva e coisas semelhantes. Mas não passa disto.
Neste caso Jesus é apenas um grande “quebra-galhos”.
Surpreendentemente, o que fora cego agora se vê diante da iminência de um segundo encontro com Cristo.
A este podemos chamar de ENCONTRO RELIGIOSO
Na verdade ele nem teve um encontro pessoal com Cristo, mas sem querer ele se viu num grande debate teológico e doutrinário a respeito de Cristo, a ponto de fazer um pronunciamento que calou os fariseus (v. 13-34).
Encontros como este também são muito comuns. Do contrário não existiriam tantas igrejas para tantos gostos. Basta uma ligeira discordância e, repentinamente surge um novo grupo.
E os que aderem a esta linha podem fazer prolongados discursos sobre o seu ponto de vista, sem que isto se reflita numa mudança radical de sua vida.
Finalmente vamos observar o terceiro e definitivo encontro com Cristo. Poderíamos chamá-lo de encontro de salvação, de redenção, mas o próprio texto sugere um termo mais simples:
foi o ENCONTRO DA FÉ
Neste momento, Jesus aborda o que fora cego com a seguinte questão: “crês tu no Filho do homem?” (v. 35). E o cego pergunta: “e quem é ele para que eu deposite a minha confiança nele?” (v. 36). Neste ponto Jesus se revela de modo bem claro: “já o tens visto e é o que fala contigo”. A resposta definitiva vem nesta simples expressão: “creio, Senhor” (v. 38).
O objeto de nossa fé não são as circunstâncias: se positivas, então cremos, caso contrário não podemos professar tal fé. Não devemos direcionar a nossa fé às pessoas ou instituições.
Nossa fé deve estar posta no Senhor Jesus, haja o que houver. Tal fé vai provocar uma atitude de constante adoração a Jesus (v. 38) e um caminho sempre iluminado (v. 39-41), pelo qual devemos andar.
Que encontros você já teve com Cristo? Em qual encontro você se encontra estacionado?
É necessário avançar para o pleno e decisivo encontro, que salva e redime e te fará andar em novidade de vida!
Peça a Jesus que te proporcione um verdadeiro encontro com Ele, e que nunca permita que sua vida cristã permaneça estagnada.
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