segunda-feira, 28 de março de 2011

Será que sou piedoso(a)??

"Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir".
I Tm. 4:8


Não há maior elogio a um cristão do que chamá-lo de piedoso. Pode ser ele um pai responsável, uma mãe amorosa, um dedicado líder cristão. Tudo isso, porém, só terá valor se a pessoa for piedosa.

As palavras piedoso e piedade aparecem apenas umas poucas vezes no Novo Testamento, no entanto, a Bíblia toda é um livro sobre a piedade.
Piedade não é um luxo espiritual opcional para uns poucos cristãos excêntricos (extravagantes, muito diferentes) ou para algum grupo de supersantos.
Todos, de igual modo, recebemos de Deus os recursos necessários para desenvolvermos uma vida piedosa. II Pe. 1:3

Mas, o que é Piedade?

A palavra que o N.T. emprega com referência à piedade transmite a idéia de: uma atitude pessoal para com Deus, que resulta em ações agradáveis a Ele.
Esta atitude pessoal para com Deus é o que chamamos de Devoção. Não se trata apenas de um sentimento ardente, emocional a respeito de Deus. Não é meramente um momento de leitura da Bíblia e oração à sós, a que chamamos de “devocionais”. Devoção significa uma vida dada ou devotada a Deus.
Willian Law, homem que viveu santamente, define assim a pessoa devota ou piedosa:
Aquele que já não vive para sua própria vontade, ou para o caminho e espírito do mundo, mas para a exclusiva vontade de Deus, que considera Deus em tudo; que serve a Deus em tudo; que faz todas as partes de sua vida comum, partes da devoção (piedade).”

Vida piedosa ou devoção não é uma atividade; é uma atitude para com Deus. É uma vida que agrada a Deus!
Esta atitude se constitui de três elementos essenciais:
Em primeiro lugar, piedade constitui-se de temor a Deus – Jer. 32:40
O temor de Deus é a alma da piedade. Isaías ao profetizar sobre Jesus, disse: “Deleitar-se-á no temor do Senhor” (11:3). Se Jesus, em sua humanidade, deleitava-se no temor de Deus, certamente precisamos dar maior atenção ao cultivo desta atitude em nossa vida.

O significado principal do temor de Deus é veneração, honra, reverência e respeito. É a atitude que desperta em nosso coração adoração, amor, reverência e honra. Ela não se concentra na ira de Deus, mas na Sua majestade, santidade e glória.
É impossível ser devoto a Deus se o coração não estiver cheio do temor de Deus.

Os ingredientes essenciais do temor de Deus são: conceitos corretos do caráter divino, um senso penetrante de Sua presença onisciente, onipresente e onipotente e uma consciência constante de nossa obrigação para com Ele (muitos hoje pensam e agem como se Deus tivesse obrigação para com eles. Nós somos eternos devedores para com Deus!).

O segundo elemento essencial a uma vida piedosa é o amor a Deus – I Jo. 4:9-10
Só quem é temente a Deus pode verdadeiramente prezar o amor divino (aquele que reverencia, que honra, que respeita). Ele vê o abismo infinito que há entre um Deus santo e a criatura pecaminosa, e o amor que cobriu este abismo mediante a morte do Senhor Jesus Cristo.

A pessoa verdadeiramente piedosa nunca se esquece de que outrora foi objeto da santa e justa ira de Deus (merecia o castigo, mas pela graça e amor de Deus recebeu perdão.) Quanto mais vemos a Deus em Sua infinita majestade, santidade e glória, tanto mais contemplamos com admiração seu amor vertido no Calvário.

Não basta crer que Deus amou ao mundo, é preciso compreender que Deus me ama, uma pessoa específica. É esta consciência de Seu amor individual que atrai nossos corações a Ele.
Quanto mais percebemos o amor de Deus, tanto mais nosso coração procura alcançar a devoção adoradora Àquele que tanto nos amou.

E o terceiro elemento essencial à piedade ou à devoção é a sede de Deus  – Sl. 42:1-2
A verdadeira piedade envolve nossas afeições e desperta dentro em nós um desejo de desfrutar da presença e da comunhão de Deus. Ela produz um anseio pelo próprio Deus.

Ao contemplar a Deus no temor de Sua santidade, poder e majestade infinita, e a seguir pensar nas riquezas da Sua misericórdia e graça vertidas no Calvário, seu coração é cativado por este Alguém que pode amá-lo tanto.
A pessoa piedosa só se contenta com Deus, e nunca está satisfeita com sua experiência atual com Ele.  Sempre anseia por mais!

A devoção a Deus é, pois, a fonte do caráter piedoso. E esta devoção, está vida piedosa é a única motivação que leva o comportamento do crente a tornar-se agradável a Deus.

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