terça-feira, 15 de maio de 2012

Por amor de Sião

Sempre que o Pr. Moisés Suriba envia "notícias do Campo Africano"  por e-mail, ele também nos abençoa com belas e desafiantes reflexões. E eu não posso deixar de compartilhá-las aqui no Sempre com Deus! Aí vai mais uma de suas preciosidades!

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“Por amor de Sião não me calarei e, por amor de Jerusalém não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.”
Isaías. 62.1
O profeta está falando de Sião, de Jerusalém, do povo de Deus, uma nação livre da escravidão do Egito, a quem o Senhor dera um território, uma capital, um templo, e ali estabelecera o seu nome e fizera morada de sua glória.
Os filhos de Coré cantavam a grandeza de Sião: “Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para os lado do norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela, Deus se faz conhecer como alto refúgio.”
Sl.48.1-4:
Mas, em Isaías 62, não é este “quadro de glória” que contemplamos. O profeta fala de uma cidade chamada de “Desamparada”. Ele faz menção de uma terra denominada “Desolada” e de um tempo em que o alimento produzido ali, seria levado para alimentar os seus inimigos; e o vinho, fruto das fatigas daquele povo, seria bebido pelos estrangeiros. Os caminhos para Sião? Cheios de buracos e de pedras.
A cidade do grande Rei veria o seu momento de cativeiro, de tristeza, de dor, de sofrimento, de desolação e de abandono.
Mas, este lamento não se ouviu somente daquela cidade.
Deus criou o homem para sua glória. Seu projeto é de que ele avance de glória em glória e que seja transformado à imagem do seu Filho.
Então... olhe à sua volta. O que você vê? Uma multidão de pessoas segundo a imagem de Jesus Cristo? Não, não é isto o que temos visto pelas ruas da cidade.
“Desamparados” moram em nossos bairros. “Arruinados” caminham nossas ruas. “Desolados” são nossos vizinhos. Espere! Você está vendo o que o profeta Isaías viu, olhando para Jerusalém?
O profeta não se deixou levar pela grandeza das muralhas, a beleza do templo... tudo passaria. Ele não se ilude com as “miragens no deserto”. Ele compreende que a cidade avança para o caos. E ele sabe que o único que poderá mudar esse “quadro quebrado” é  o Senhor.
Seria diferente hoje? Claro que não! Somente Deus pode reconstruir nossa cidade, nossa vida, a vida de nossos amigos, a nossa casa, a nossa família.

O que fazer então? Segue aqui a decisão do profeta, a compreensão de uma cidade arruinada.
“Por amor de Sião não me calarei e, por amor de Jerusalém não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.”
Sem desespero, sem desprezo, sem rancor ou ódio contra a cidade, ele busca em Deus a solução: “Por amor de Sião não me calarei... até que...”
É isto que estamos fazendo?
Até quando o faremos?
Não, não pare agora.

Busque, busque até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.
Ponha-te na brecha da muralha ou sobre as ruínas de sua “cidade” e ore.
Por: Pr. Moisés Suriba
Missionário no Senegal 
(Para ler notícias do Campo Africano clique na imagem ao lado: "Em Missão")

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