Sempre que o Pr. Moisés Suriba envia
"notícias do Campo Africano" por e-mail, ele também nos
abençoa com belas e desafiantes reflexões. E eu não posso deixar de
compartilhá-las aqui no Sempre com Deus! Aí vai mais uma de suas preciosidades!
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“Por amor de Sião não me calarei e,
por amor de Jerusalém não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um
resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.”
Isaías. 62.1
O profeta está falando de Sião, de Jerusalém, do povo
de Deus, uma nação livre da escravidão do Egito, a quem o Senhor dera um
território, uma capital, um templo, e ali estabelecera o seu nome e fizera
morada de sua glória.
Os filhos de Coré cantavam a grandeza de Sião: “Grande
é o Senhor e mui digno de ser louvado, na cidade do nosso Deus. Seu santo
monte, belo e sobranceiro, é a alegria de toda a terra; o monte de Sião, para
os lado do norte, a cidade do grande Rei. Nos palácios dela, Deus se faz
conhecer como alto refúgio.”
Sl.48.1-4:
Sl.48.1-4:
Mas, em Isaías 62, não é este “quadro de glória” que
contemplamos. O profeta fala de uma cidade chamada de “Desamparada”. Ele faz
menção de uma terra denominada “Desolada” e de um tempo em que o alimento
produzido ali, seria levado para alimentar os seus inimigos; e o vinho, fruto
das fatigas daquele povo, seria bebido pelos estrangeiros. Os caminhos para
Sião? Cheios de buracos e de pedras.
A cidade do grande Rei veria o seu momento de
cativeiro, de tristeza, de dor, de sofrimento, de desolação e de abandono.
Mas, este lamento não se ouviu somente daquela cidade.
Deus criou o homem para sua glória. Seu projeto é de
que ele avance de glória em glória e que seja transformado à imagem do seu
Filho.
Então... olhe à sua volta. O que você vê? Uma multidão
de pessoas segundo a imagem de Jesus Cristo? Não, não é isto o que temos visto
pelas ruas da cidade.
“Desamparados” moram em nossos bairros. “Arruinados”
caminham nossas ruas. “Desolados” são nossos vizinhos. Espere! Você está vendo
o que o profeta Isaías viu, olhando para Jerusalém?
O profeta não se deixou levar pela grandeza das
muralhas, a beleza do templo... tudo passaria. Ele não se ilude com as
“miragens no deserto”. Ele compreende que a cidade avança para o caos. E ele
sabe que o único que poderá mudar esse “quadro quebrado” é o Senhor.
Seria diferente hoje? Claro que não! Somente Deus pode
reconstruir nossa cidade, nossa vida, a vida de nossos amigos, a nossa casa, a
nossa família.
O que fazer então? Segue aqui a decisão do profeta, a
compreensão de uma cidade arruinada.
“Por amor de Sião não me calarei e, por amor de
Jerusalém não me aquietarei, até que saia a sua justiça como um resplendor, e a
sua salvação como uma tocha acesa.”
Sem desespero, sem desprezo, sem rancor ou ódio contra
a cidade, ele busca em Deus a solução: “Por amor de Sião não me calarei... até que...”
É isto que estamos fazendo?
Até quando o faremos?
Não, não pare agora.
Busque, busque até que saia a sua justiça como um resplendor, e a sua salvação como uma tocha acesa.
Ponha-te na brecha da muralha ou sobre as ruínas de
sua “cidade” e ore.
Por: Pr. Moisés Suriba
Missionário no Senegal
(Para ler notícias do Campo Africano clique na imagem
ao lado: "Em Missão")
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