segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que é a vida?

O apóstolo Tiago, numa carta universal que escreveu após a morte de Jesus, levanta uma questão muito séria, de caráter existencial, a respeito da vida (Tg. 4:14). Neste texto Tiago questiona o comportamento humano a respeito de sua arrogância e presunção quando pensa que tem em suas mãos o controle absoluto de sua existência.
Aprendemos com Tiago que os projetos humanos são falíveis, transitórios e muitas vezes pretenciosos. Embora seja essa a situação, nem sempre nos damos conta de que nossa vida é passageira neste mundo, além de estar sujeita a certos imprevistos e fatalidades.

No Salmo 90:12 o escritor sagrado faz referência à transitoriedade do ser humano no mundo, mostrando que somente Deus é eterno. Por isso, o texto inclui uma petição a Deus, que se faz necessária para o nosso bom viver: Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria".

Diante desta petição nos fazemos uma pergunta:
COMO TEMOS PENSADO EM NOSSA VIDA?
Pensar a vida, refletir sobre o seu significado neste mundo e sobre nossas possibilidades em relação ao futuro, não somente foi algo importante no passado, como também é de fundamental importância no presente. Principalmente se considerarmos as implicações e os desafios que o ser humano tem para conseguir viver bem e melhor.

Lamentavelmente as pessoas têm pensado nesta vida como se fosse eterna e como se tudo que fossem tivesse um lado apenas material. Pensam em seu bem estar físico,em seu direito de ter, de fazer certas coisas, porém não se dão conta de que é preciso pensar também na vida espiritual, no futuro saudável não apenas neste mundo mas também na eternidade.
Por isso correm para todos os lados, corremo atrás do tempo, por causa do tempo, pela falta de tempo e, apesar de tudo, nem sempre se sentem realmente felizes!
Esquecem-se de que a vida é passageira e de que, quando não a administramos bem, ela se torna superficial e vulgar.

Faz sentido, portanto a palavra do apóstolo Tiago quando nos diz que a vida é como uma neblina passageira, lembrando-nos de que é Deus quem tem o poder supremo sobre ela, e que não podemos fazer nenhum projeto sem levar em consideração o que ele pode fazer por nós e em nós. Desta forma, devemos canalizar os nossos esforços para que possamos aproveita-la da melhor maneira possível.

Para isso é preciso que saibamos investir na vida de maneira realmente significativa.
MAS COMO PODEMOS INVESTIR SIGNIFICATIVAMENTE NA VIDA?
Embora seja importante o cultivo de certos valores, é fundamental que saibamos priorizar aqueles que são permanentes e duradouros para o nosso bem estar. Em nosso tempo, os maiores destaques têm sido para os valores efêmeros da vida.

Hoje damos muito mais valor ao status das pessoas, à beleza física, à fama e aos bens de consumo, entre outros, do que aos valores espirituais! A prática do consumismo em nosso tempo, por exemplo, tem prevalecido sobre a vida da maioria das pessoas, embora ilusória e enganadora.
Os bens materiais, que alimentam a vaidade humana e poderiam produzir alguma felicidade, não passam de coisas de valor duvidoso e passageiro. Isto porque nem todos os que possuem tudo o que imaginam em termos de bens materiais conseguem ser felizes! Muitas vezes, apesar do que têm, não passam de vidas sem significado, sem sentido no meio social e passam por sérias crises existenciais.

Por outro lado, a devoção e o culto a Deus, o amor, a justiça, a solidariedade, a esperança e a paz, quando bem assumidos e cultivados pelo ser humano, não apenas produzem felicidade momentânea, como também vida abundante, vida completa, permanente e significativa. Vidas que se tornam um ponto de referência e de inspiração para o semelhante!

Portanto, repetindo o pensamento do apóstolo Tiago, ao iniciar este novo ano, é preciso que tenhamos consciência de que somente Deus é capaz de dar o verdadeiro sentido à nossa vida e o real significado à nossa existência!





Um comentário:

Eneiva disse...

É verdade que nós fazemos projetos e idealizamos muitas coisas para as nossas vidas todos os anos...
mas tudo isso, de nada adianta se o Senhor não for soberano em nossas vidas e não estiver à frente de cada um dos projetos! Eu bem sei disso...
Linda reflexão, Marga!
Beijos